Software Development Life Cycle: O que é e porque é importante
A cultura DevOps é mais do que um modelo de trabalho para desenvolver softwares. Desde 2007 que esta abordagem tem sido ...
- Junho 9, 2023
- Prime Insights
Junho 9, 2023
A cultura DevOps é mais do que um modelo de trabalho para desenvolver softwares. Desde 2007 que esta abordagem tem sido adoptada por empresas tecnológicas e uma coisa é certa: os processos tornaram-se mais rápidos e menos permeáveis a erros.
Na sua génese, a abordagem DevOps pretende que as equipas de desenvolvimento (Dev) e de operações (Ops) colaborem de forma a obter melhores resultados com o mínimo risco.
Aplicar os princípios desta cultura empresarial, porém, implica mudanças estruturais no modo como está organizada toda a empresa e está dependente do esforço de todos os colaboradores. Por esta razão, as tecnológicas estão a apostar cada vez mais em pessoas com competências técnicas, mas também com soft skills interpessoais, como a facilidade em comunicar e o gosto pelo trabalho em equipa.
Neste artigo, iremos rever a definição de DevOps, quais os princípios em que esta cultura se baseia, quais os benefícios e desafios da cultura DevOps para as empresas, quais as suas principais ferramentas de trabalho e a relação deste modelo com a cibersegurança.
2.Os Princípios da Cultura Devops
3.Implementar a Cultura DevOps nas Empresas
4.Sobre DevOps e Cibersegurança
É multidisciplinar, altamente colaborativa e usada especialmente em empresas tecnológicas. Há quem defina a DevOps como o uso de automação e de testes em todas as fases de desenvolvimento de um software, e há ainda quem vá mais longe e a defina como uma abordagem que trata todas as equipas de uma empresa como linhas de código.
O nome DevOps é uma combinação das palavras “development” e “operations” e torna bastante claro qual é o conceito base da cultura DevOps. Explicando de forma concisa, a cultura DevOps consiste na automatização de processos e na promoção da colaboração entre as diferentes áreas dentro de uma empresa, de forma a acompanhar o ciclo de vida de um produto digital e a minimizar erros. Contudo, esta cultura não se limita a acompanhar o desenvolvimento do produto em si: todo o ciclo de vida de um software é acompanhado através da constante recolha de feedback, e fazendo actualizações sempre que necessário.
Ao encorajar à cooperação regular, a cultura DevOps faz com que as equipas reduzam o tempo de trabalho até um software ser lançado para o mercado, minimizando possíveis falhas.
Além disso, por acompanhar todo o ciclo de vida de um software, esta abordagem diminui o tempo de resposta para realizar actualizações no produto.
Durante esse ciclo de vida, as equipas que trabalham sob a cultura DevOps seguem um loop que pode ser infinito: Planeamento > Código > Compilação > Teste > Lançamento > Configuração > Operacionalização > Monitorização > Planeamento.
A estes passos junta-se o feedback dado ao longo de todas as fases da cadeia de desenvolvimento, fundamental para que o software continue a adaptar-se ao mercado.
A cultura DevOps está intimamente ligada com a automação de procedimentos mais morosos e com a colaboração entre equipas. Estes dois grandes pilares são essenciais para agilizar o desenvolvimento de um produto digital.
Além desses pilares, a cultura DevOps pode ser subdividida em diferentes princípios, cada um com outros conceitos associados.
Uma das características do modelo DevOps é o facto de cada trecho do projecto ser entregue à equipa de operações à medida que vai sendo feita. O princípio de entrega contínua, assim chamado, faz com que se detectem erros mais fácil e rapidamente, já que se analisam e testam trechos mais curtos de código de cada vez.
Esta monitorização contínua promove também uma maior segurança ao longo de todas as fases da cadeia de desenvolvimento, visto que falhas e vulnerabilidades no código são resolvidas na hora.
A rapidez na entrega do produto final é outra característica associada à cultura DevOps, visto que a automação acelera toda a fase de testes e, desta forma, é possível compilar o produto digital em menos tempo.
Para que o princípio da entrega contínua funcione sem percalços, é necessário que se integrem processos e que haja canais de comunicação abertos entre as equipas de desenvolvimento e de operações. Esta transversalidade na cultura DevOps é conhecida por princípio da integração contínua.
Caracterizado por abrir portas à colaboração e comunicação, este princípio é o responsável pela interacção entre as equipas e por haver um espírito de compromisso e responsabilidade partilhada nas pessoas que estão a trabalhar num dado projecto.
Ao estarem intimamente ligadas, ambas as equipas são responsáveis por planearem, desenvolverem e lançarem um produto com o mínimo de falhas no menor tempo possível.
Porque todas as equipas têm a mesma importância e a responsabilidade é partilhada a cultura DevOps incita a que se pense e desenvolva um produto digital com foco nas necessidades reais dos clientes ou utilizadores.
E, para se conseguir entender melhor as necessidades dos utilizadores, é pedido feedback constante durante todo o processo de desenvolvimento, e também depois do produto ter sido lançado para o mercado. Assim, um software está constantemente a ser actualizado para melhor servir quem o utiliza.
Ao mesmo tempo, estas equipas são autónomas e multidisciplinares, tomando decisões importantes sem recorrer a processos burocráticos.
Todos estes princípios são mais que formas de trabalhar. Na verdade, estes conferem valor real a um produto digital e, indirectamente, trazem lucro para a empresa que adoptou uma cultura DevOps.
Porque a cultura DevOps depende de colaboração, automação e feedback constante, as empresas tecnológicas têm muito mais a ganhar quando adoptam esta cultura e modelo de desenvolvimento de software.
Um dos principais benefícios que um modelo colaborativo traz para as empresas é a redução de falhas durante todo o ciclo de vida de um software. Além disso, as equipas tornam-se mais autónomas e confiantes no seu trabalho.
Por sua vez, a automação liberta uma série de recursos humanos, materiais e financeiros. Além disso, a automação também poupa tempo de testes, fazendo com que um software seja lançado para o mercado em menos tempo e / ou seja actualizado sempre que necessário, nunca se tornando completamente obsoleto. O tempo de recuperação em caso de falha de segurança também acaba por ser menor, o que só aumenta a qualidade do software e o lucro para a empresa.
Por fim, o feedback constante durante todo o ciclo de vida de um software faz com que este se adapate melhor ao mercado e às necessidades reais dos utilizadores. Para além disso, o serviço ao cliente é valorizado, acrescentando valor ao produto em desenvolvimento.
Implementar uma cultura DevOps não passa apenas por incorporar mais ferramentas de trabalho que integrem as várias fases da cadeia de desenvolvimento de um software. Na verdade, implementar uma cultura DevOps passa por fazer mudanças estruturais no modo como as equipas estão organizadas e no modo como os próprios developers e engenheiros pensam sobre o desenvolvimento de um produto digital.
Este é um dos principais desafios na transição para um modelo de trabalho DevOps, principalmente se a transição não for feita de forma natural. Muitas empresas costumavam trabalhar em compartimentos e alterar toda esta forma de desenvolvimento é uma tarefa árdua. Para tal funcionar, é crucial implementar práticas e ferramentas que facilitem a comunicação entre várias pessoas e departamentos.
Quanto à cadeia de desenvolvimento de um software, os desafios passam, essencialmente, por:
Com cada vez mais empresas a implementarem uma cultura DevOps, o número de ferramentas desenvolvidas para este modelo de trabalho é incontável. Tanto ferramentas para desenvolvimento de software como ferramentas criados especificamente para as equipas de operações surgem e actualizam-se rapidamente. A velocidade a que são postas no mercado tornam árdua a tarefa de escolher a que melhor se alinha com a visão da empresa e/ ou com as necessidades de um dado projecto.
Quanto a ferramentas de desenvolvimento, sugerimos:
Git / GitHub – Plataforma de opensource colaborativa que permite desenvolver software e gerir cada mudança feita no código;
Docker – Permite colaborar, criar e movimentar código em blocos de forma rápida e fácil.
De forma a melhor integrar as várias fases de um projecto, há equipas que utilizam ferramentas como:
Jenkins – Servidor criado para automações que facilita o processo de desenvolvimento, entrega contínua, movimentação de código e testagem;
Buddy – Plataforma de integração contínua que auxilia na movimentação de blocos de código e integra feedback;
Bamboo – Permite integração de várias fases de um projecto, movimentação do código e compilação em apenas uma linha de produção.
No caso de as empresas não quererem integrar os testes numa plataforma de geral de integração contínua, existem plataformas que permitem fazê-los de forma automática, tais como
Tricentis Tosca – Sem ser preciso escrever código, esta plataforma automatiza testes e incorpora todos os aspectos relacionados com a testagem;
Selenium – além de automatizar testes de software, esta ferramenta também automatiza tarefas administrativas;
No que diz respeito à monitorização do software lançado para o mercado, sublinhamos as seguintes:
Sensu – Monitoriza toda a infraestrutura de um produto digital, assim como toda a rede e sistemas subjacentes. Além disso, monitoriza KPI e apresenta análise de performance;
Nagios – Software opensource que monitoriza sistemas, redes e infraestrutura de um produto digital e notifica utilizadores quando alguma falha é detectada.
Independentemente do modelo de trabalho utilizado para desenvolver um software, a cibersegurança é primordial para proteger dados de clientes e colaboradores, produtos digitais em desenvolvimento e até o capital financeiro da empresa em questão.
Numa cultura DevOps, em que os canais de comunicação estão constantemente abertos, as estratégias de cibersegurança nunca são demais. Contudo, grande parte das empresas que têm esta cultura reportam que a cibersegurança num modelo de DevOps ainda tem algum caminho a percorrer para se tornar tão holístico quanto este modelo de trabalho em si.
Um dos desafios que as equipas de cibersegurança enfrentam num ambiente de trabalho DevOps é a própria velocidade a que um projecto avança, podendo não conseguir acompanhar o passo acelerado a que o software é desenvolvido e entregue para testes.
Contudo, com a automação dos testes, é possível encontrar a grande maioria das vulnerabilidades do código e fazer as melhorias necessárias para aumentar a segurança do software.
Num mundo em que os cibercrimininosos estão constantemente a testar novas formas de entrar nas redes e atacar as API das empresas, é essencial delienar estratégias Zero Trust, para que todas as fases da cadeia de desenvolvimento na cultura DevOps estejam protegidas. Estas medidas são aplicadas antes do código e em todos os pontos de desenvolvimento de software.
A cultura DevOps serve-se da colaboração e da automação para acrescentar valor ao softwares desenvolvidos, mas para funcionar, há que aplicar certos princípios a, pelo menos, duas equipas: a equipa de desenvolvimento de software e a equipa de operações.
A estas duas equipas-pilar é pedido que entreguem continuamente o código desenvolvido e que estejam continuamente integradas no trabalho uma da outra. Desta forma, é posssível agilizar o planeamento e desenvolvimento de um produto digital, assim como a fase de testes para depois o lançar para o mercado.
Além do mais, a cultura DevOps, por incitar ao feedback constante, acrescenta qualidade ao software e valor à empresa que o cria.
Achas que a cultura DevOps é o que falta para o teu negócio crescer ainda mais? Fala connosco!
A cultura DevOps é mais do que um modelo de trabalho para desenvolver softwares. Desde 2007 que esta abordagem tem sido ...
A cultura DevOps é mais do que um modelo de trabalho para desenvolver softwares. Desde 2007 que esta abordagem tem sido ...
Por favor atualize o seu browser para uma melhor experiência e visualização deste websiteActualize o seu browser agora