IoT e a Medicina Personalizada

IoT e a Medicina Personalizada

Novembro 15, 2023

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Os avanços feitos na tecnologia Internet of Things (IoT) têm sido altamente proveitosos para o campo dos cuidados de saúde. Com os dispositivos médicos a recolher dados mais fidedignos e mais rapidamente, a tecnologia IoT e a medicina personalizada andam lado a lado para dar mais qualidade de vida aos utentes.

Sendo a Internet of Things uma tecnologia que junta objectos físicos e software conectado à rede, torna-se mais fácil e mais rápido recolher os dados dos utentes para depois os armazenar e analisar. É desta forma que a medicina personalizada consegue providenciar os cuidados de saúde certos a cada utente.

Também é pela rápida recolha de dados e ajuste de cuidados de saúde que o mercado das soluções IoT em unidades de saúde tem aumentado de ano para ano e é já expectável que continue a crescer. Esta subcategoria tecnológica é também designada por Internet of Medical Things (IoMT), já que é concebida para um fim médico.

Neste artigo iremos rever o que é a medicina personalizada e o modo como esta se relaciona e é impulsionada pela tecnologia IoT.

 

Tabela de Conteúdos

O que é medicina personalizada?

 

Como é que a IoT e a medicina personalizada estão relacionadas?

 

O futuro da relação IoT e medicina personalizada

 

O que é a medicina personalizada?

Também conhecida por medicina de precisão, a medicina personalizada é uma abordagem aos cuidados de saúde que se apoia em dados pessoais para providenciar cuidados mais ajustados a cada pessoa. Esta abordagem desenha, por isso, tratamentos consoante as necessidades de cada paciente.

Ao ter uma análise detalhada dos dados pessoais e historial de cada pessoa, desde o estilo de vida à genética, os profissionais de saúde ligados a esta abordagem médica conseguem aconselhar tratamentos e cuidados profiláticos mais precisos, com menos custos para os pacientes e com melhores resultados. Além disso, conseguem também educar os seus pacientes para cuidados que deverão ter no futuro.

É com a recolha de dados e a análise dos mesmos que é possível ter uma maior noção da forma como um dado paciente irá reagir a um tratamento específico, qual a taxa de sucesso do mesmo e a predisposição para desenvolver alguma patologia.

A medicina personalizada é ainda utilizada para diagnosticar condições de saúde em estado inicial através de marcadores moleculares.

Para ser possível a recolha de dados de forma rápida e fidedigna, a IoT e a medicina personalizada caminham lado a lado.

 

Como a IoT e medicina personalizadas estão relacionadas?

Dado que a IoT permite a recolha de dados em tempo real para serem monitorizados, esta tecnologia abre novas possibilidades para os cuidados de saúde imediatos e profiláticos.

Com a integração de AI generativa e Internet of Things, os resultados de tratamentos de saúde têm tido cada vez melhores resultados. Para tal, são utilizados dispositivos móveis com sensores que os utentes usam no próprio corpo (tal como fazem com smartwatches e outros fitness trackers), que alertam para potenciais problemas de saúde.

A IoMT está também integrada com outros aparelhos de monitorização remota, que enviam dados dos pacientes para as unidades e profissionais de saúde em tempo-real. Assim, é possível intervir quando é mais necessário e de forma personalizada, e melhorar a própria prestação de cuidados de saúde.

Além destes, existem já dispositivos que conjugam IoT e medicina personalizada que permitem ter um ambiente de smart home, para que os utentes tenham um espaço mais saudável, que se consiga monitorizar sinais vitais e medicação, por exemplo, e se consiga alertar profissionais de saúde em caso de crise.

Quanto à monitorização e análise dos dados de saúde dos utentes, esta é feita através de algoritmos de Machine Learning para, posteriormente, fornecer recomendações médicas.

 

Que tipo de dados de saúde são gerados por IoT?

Os dispositivos com IoT conseguem recolher diferentes tipos de dados para sugerir cuidados de saúde profiláticos ou alertar entidades de saúde em caso de crise. Como tal, os dados gerados por IoMT podem estar relacionados com:

  • Sinais vitais, como temperatura, frequência cardíaca e tensão arterial;
  • Padrões hábitos de sono;
  • Níveis de glucose, em especial para monitorizar níveis de pacientes diabéticos;
  • Medicação prescrita, relembrando os utentes das horas a que devem tomar e mantendo um registo dos resultados;
  • Actividade física e hábitos saudáveis;
  • Contexto ambiental, ao monitorizar a qualidade do ar e temperatura exterior.

 

IoT e medicina personalizada – Pros e contras

Como todas as tecnologias, e por estar ainda a ser implementada e em evolução, a IoT para medicina personalizada tem inúmeras vantagens e desvantagens.

Estes dispositivos são vantajosos para esta abordagem da medicina, por serem ferramentas que a ajudam a atingir o seu objectivo: melhorar os cuidados de saúde e adaptá-los a cada utente. Ao recolher e monitorizar dados, a IoT consegue sugerir tratamentos não-evasivos, alertar autoridades e prevenir readmissões em unidades de saúde.

Além disso, dispositivos móveis com Internet of Things conseguem monitorizar doentes de risco e alertar profissionais de saúde em caso de crise ou de acidente.

Assim, esta tecnologia aliada à medicina personalizada contribui para uma melhoria da qualidade de vida de doentes crónicos, mas também de cidadãos que querem apenas aumentar o seu bem-estar e viver uma vida mais saudável.

A Internet of Medical Things está em constante evolução e desenvolvimento, para mitigar as desvantagens a que continua associada. Um dos obstáculos à implementação de mais dispositivos com IoMT está relacionado com questões de cibersegurança, já que estes aparelhos recolhem dados, enviam-nos para tratamento e armazenamento. Estes dados dos pacientes constituem informação sensível, pelo que devem ser protegidos e tratados de forma sigilosa.

Além da cibersegurança, esta tecnologia tem ainda altos custos associados, pelo que não está ao alcance de qualquer unidade de saúde ou utente.

 

O futuro da relação IoT e medicina personalizada

Ao ser uma das ferramentas mais essenciais da medicina personalizada, a Internet of Things está a ajudar construir uma abordagem médica mais direccionada a tratamentos feitos à medida de cada paciente.

O futuro para a IoT e medicina personalizada é promissor, já que os avanços tecnológicos nesta área não têm parado. Cada vez mais, vão sendo desenvolvidos e lançados para o mercado dispositivos móveis de recolha de dados. E, combinados com Big Data, Machine Learning e Inteligência Artificial, estes dispositivos irão marcar a diferença na precisão dos diagnósticos e nos tratamentos menos evasivos e com mais sucesso.

Assim, será possível e ainda mais rápido avaliar o estado de saúde de um utente a distância e em tempo-real e prescrever tratamento personalizado.

Além do mais, profissionais de saúde poderão utilizar algoritmos de IA e IoMT para prever possíveis condições de saúde e prescrever tratamentos profiláticos.