A cada 11 segundos, uma empresa sediada algures no mundo é vítima de um ataque de ransomware (Cybersecurity Ventures, 2020). Pode parecer uma estatística remota mas os perigos intrínsecos ao mundo digital são uma ameaça crescente para qualquer utilizador pelo que, numa reunião de esforços para sensibilizar os europeus e as instituições sobre estes riscos, a Comissão Europeia, a Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA) e centenas de outras organizações e instituições dos Estados-Membros assinalam Outubro como o Mês Europeu da Cibersegurança (European Cyber Security Month – ECSM). Esta é uma iniciativa anual que já conta com nove edições que reúnem inúmeras campanhas e actividades que englobam conferências, workshops, formações, webinares e questionários por toda a Europa.

Através destas iniciativas, espera chamar-se a atenção dos cidadãos europeus para as crescentes ameaças digitais, dotando-os de conhecimentos e ferramentas para responder de forma rápida e eficaz ao enfrentá-las. Edição após edição, o Mês Europeu da Cibersegurança procura consciencializar utilizadores individuais e empresas, para que não se tornem vítimas, mas utilizadores de tecnologias mais informados e resilientes. A campanha do Mês Europeu da Cibersegurança de 2021 recupera o lema do ano passado: «Pense antes de clicar!» com o hashtag #ThinkB4UClick.

A cibersegurança e os desafios da Covid-19

Podemos afirmar que os últimos dois anos foram realmente conturbados sob os mais diversos prismas. A nível global, a situação pandémica provocada pela Covid-19 alavancou uma série de transformações sem precedentes que transfiguraram o quotidiano de cidadãos e de empresas. Os longos períodos em casa provocados pelos sucessivos confinamentos redesenharam o cenário social a que estávamos acostumados, alterando radicalmente os hábitos de consumo que encontraram nos gadgets tecnológicos um forte aliado. O universo digital foi progressivamente assumindo um protagonismo maior enquanto, silenciosa e simultaneamente, as ciberameças aumentavam.

Nunca se sabe a forma que o ciberataque poderá tomar. Mas importa referir que os três crimes mais reportados no decorrer do ano passado foram técnicas de phishing, extorsão e esquemas em que o utilizador recebe uma notificação forjada de não pagamento ou falha na entrega. A pandemia de Covid-19 foi a oportunidade perfeita para chegar mais rapidamente aos utilizadores que se encontravam numa posição mais vulnerável do que nunca. Um dos esquemas mais populares durante a pandemia foi o contacto via email, redes sociais ou mesmo telefonema, de alguém que se faria passar por uma personalidade associada a cargos de autoridade a fim de reunir informações pessoais ou para roubar dinheiro.

Segundo o Federal Bureau of Investigation (FBI), de 2019 para 2020, houve registo de um aumento de 69% no número de queixas de vítimas de ciberataques. Também o relatório Cyberthreat Defense, que se debruça todos os anos sobre a cibersegurança na indústria de IT, indica que 2020 foi o ano em que se registou um número-recorde de ciberataques e de perda de dados. Apesar de 2021 ainda não ter terminado, sabe-se de antemão que virá destronar o seu antecessor, testemunho da alarmante tendência crescente dos ataques cibernéticos.

Cibercrime: Uma ameaça para cidadãos e empresas

Esta realidade constitui um desafio tanto para utilizadores individuais como para organizações e empresas. É frequente que os custos para restauro e recuperação de informações deste género de ciberataques possam alcançar custos substanciais pelo que as empresas, nomeadamente as que trabalham diariamente com data considerada sensível, devem considerar incluir filosofias, técnicas e equipas de profissionais especializados em cibersegurança como uma prioridade. Segundo a Forbes, o custo médio de um ataque de malware a uma empresa é de 2.6 milhões de dólares. Todavia, estima-se ainda que o sector da saúde seja a vítima mais prejudicada dos ataques de violação de dados, atingindo uma média de cerca de sete milhões de dólares. Estes números crescentes apenas evidenciam a urgência de calibrar prácticas internas e de reunir investimentos ao nível da cibersegurança nos próximos anos.

Se ficaste curioso com o tema, convidamos-te a ver o Prime Webinar que partilhámos recentemente e onde abordamos a temática da cibersegurança com três especialistas da área. O nosso trio de experts mostra aquilo que de melhor sabe e partilha exemplos reais e dicas práticas para te protegeres de ciberameaças.

A tecnologia está-nos no ADN e conhecemos bem o valor da cibersegurança. Não apenas neste Mês Europeu da Cibersegurança, mas dia após dia. Na PrimeIT, trabalhamos sob elevados padrões de qualidade que nos permitem alcançar com sucesso os desafios e soluções a que nos propomos e garantir o que de melhor se faz no mercado.