Nascidos entre 1980 e 1996, os chamados Millennials estão intrinsecamente ligados à qualidade de vida, ao mundo tecnológico e ao empreendedorismo. As suas experiências são muito diferentes daquelas vividas pelos seus pais. O crescimento da tecnologia, a globalização e a disrupção económica, são realidades presentes para esta geração.

Como são?

Entre as suas maiores preocupações e objectivos, destaca-se o trabalho. O facto de os Millennials serem tão diferentes das outras gerações, no que toca ao trabalho, deixa o público geral bastante confuso.

Uma coisa é certa – os Millennials são uma força disruptiva no local de trabalho, como nenhuma outra geração alguma vez foi. Por vezes são vistos como narcisistas, convencidos, preguiçosos ou mesmo como a geração que “salta” de trabalho em trabalho. Mas será a culpa verdadeiramente deles? Ou será o mercado de trabalho que exige em demasia e não compreende as novas necessidades que emergiram juntamente com as novas gerações?

Apesar destas ideias negativas sobre a geração, os pontos positivos têm mais peso na balança. Os Millennials mostram entusiasmo ao trabalhar no que gostam pois não se contentam com um trabalho qualquer, estão receptivos à mudança e à mobilidade nacional e internacional, são mais sociáveis e colocam acima de tudo a importância de um ambiente de trabalho divertido e em equipa.

O primeiro emprego

O primeiro emprego é aquele que marca a nossa experiência no mercado de trabalho. No entanto, a maior parte dos Millennials vê-se obrigado a aceitar empregos abaixo do seu nível de educação, que não requerem formação superior de algum tipo. Passados dois anos, esta geração vê-se forçada a abandonar o emprego, por outro que lhe proporcione melhores condições. Entre estas vale destacar o aumento de salário, a confirmação de evolução dentro da empresa e um maior nível de responsabilidade nas suas tarefas diárias.

Neste sentido, os Millennials acabam por “saltar” de trabalho em trabalho várias vezes ao longo da sua vida e, por esta razão, ficam conhecidos como a “job-hopping generation”. Em busca das melhores condições, insatisfeitos com a mediocridade, procuram com afinco novos empregos que lhes proporcionem desafios entusiasmantes, melhores condições de bem-estar e que permitam o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

O que realmente importa?

A oportunidade de crescimento dentro de uma empresa é um dos critérios mais importantes na escolha do primeiro emprego, para esta geração. Eles trabalham com afinco e procuram novas maneiras de preencher os currículos com experiência relevante, como estágios, actividades extracurriculares e projectos de acordo com os seus hobbies.

E, como a aprendizagem representa um grande papel na vida dos Millennials, até à altura do seu primeiro emprego e por investirem tanto no seu conhecimento, é muito importante mantê-los satisfeitos com novas oportunidades para aprender mais e melhor. Sejam formações contínuas proporcionadas pela empresa, workshops, webinars ou programas de mentoria, o que importa é o investimento no conhecimento de cada colaborador e a forma como a empresa demonstra o seu interesse no mesmo. Para os Millennials é muito importante perceber que alguém tem interesse no seu desenvolvimento profissional.

Apesar da sua vontade de trabalhar e crescer mais e mais, quando o salário é removido da equação, o que mais pesa é o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. As empresas devem mostrar a sua sensibilidade pela vida pessoal dos seus colaboradores mais do que nunca, se quiserem captar esta força geracional. Para captar e reter um Millennial por mais que dois anos, é necessário ser uma empresa ou empregador com objectivos bem definidos, valores alcançáveis e um plano de negócio bem estruturado.

Com cada geração surgem novos desafios para as empresas. Estas devem lutar para se manterem relevantes e atraentes para o seu público, pois é este que as vai levar até onde precisam de chegar. Se és um Millennial em busca do teu próximo (e quem sabe último) desafio, espreita as vagas que temos para ti aqui.