O Design Thinking como alavanca da inovação digital
O Design Thinking como alavanca da inovação digital
Novembro 11, 2022
É pouco provável que um projecto de transformação digital seja bem-sucedido sem um ingrediente fulcral: o Design Thinking. Esta abordagem iterativa é mais do que um processo. É uma nova forma de trabalhar e de ver os projectos. É um mindset. Uma disciplina.
É importante que compreendamos o que é o Design Thinking e todo o hype por detrás desta tendência. Neste artigo vamos directos ao ponto e tentar compreender porque tantas empresas estão a pensar em grande e a investir no desenvolvimento orientado para o utilizador e no Design Thinking como catalisador de inovação.
O que é o Design Thinking?
Em 2009, o Airbnb estava à beira da falência. Na altura, a facturação da plataforma digital mal chegava aos 200 dólares por semana! Mas, hoje, está a revolucionar o sector do turismo a um nível global. Foi o Design Thinking que mudou a “sorte” do Airbnb e se tornou na sua chave para o sucesso.
Esta metodologia coloca a experiência do utilizador no cerne da questão e redesenha o forma como olhamos para os problemas. Definimos três realidades que não definem o Design Thinking: 1. Não é apenas sobre Design. 2. Não é sobre que paleta de cores ou tipos de letra funcionam melhor. 3. Não é exclusivo para designers já que pode ser implementado nos mais diversos campos.
A metodologia do Design Thinking defende que, para fomentar o empreendedorismo, todos devemos adoptar os princípios e mindset utilizados na área do Design e abordar qualquer desafio através da perspectiva do utilizador. Quando nos colocamos na sua posição conquistamos uma óptica mais humana, permitindo o desenvolvimento de soluções disruptivas e que respondem às necessidades verdadeiras do utilizador.
A empatia, criatividade, lógica e análise são algumas das melhores ferramentas dos Design Thinkers.
Se reflectirmos bem sobre o assunto, existe uma marca que é, para muitos, a epítome da inovação e desta filosofia. Ao longo da sua história, a Apple conseguiu impressionar os consumidores graças a características pioneiras nos seus produtos, desde ecrãs tácteis e sensores de impressão digital. Por exemplo, o iPhone revolucionou a indústria e ajudou a definir a concepção standard dos smartphones com acesso à internet, mensagens de texto e câmara embutida.
As cinco fases do Design Thinking
O Design Thinking é uma metodologia iterativa e não linear que encoraja a experimentação constante. Existem algumas visões que olham para o conceito de forma diferente. Certas apontam para três fases, enquanto outras para sete até. Diz-se que a verdade está algures no centro e o facto é que a teoria mais aceite divide esta filosofia em cinco fases – Empatia, Definição, Idealização, Protótipo e Teste – que podem ser praticadas em paralelo e repetidas e, em qualquer fase do processo, voltar à etapa anterior.
Empatia: Examinar e procurar relacionar-se com o público-alvo para compreender as suas experiências e motivações. A empatia permite que os Design Thinkers coloquem de lado as suas assunções;
Definição: Neste momento, o objectivo é reunir e sintetizar a informação recolhida anteriormente acerca dos utilizadores para guiar a equipa na direcção certa para a próxima etapa;
Idealização: Agora, com uma imagem clara do problema, é tempo de começar a gerar ideias e de identificar o máximo de possíveis soluções para o problema;
Protótipo: Depois de afunilar o número de opções e eliminar as ideias que não cumpriam os requisitos, precisaremos de tornar a(s) hipótese(s) em algo tangível para simular uma resposta dos utilizadores/consumidores para os quais estamos a desenvolver. Com base em insights importantes retirados dos resultados da experiência dos utilizadores, as soluções ou são aceites, melhoradas ou reexaminadas.
Teste: Agora, para concluir, testaremos as melhores soluções identificadas na fase anterior. Os protótipos são avaliados e depois testados continuamente para refinar e implementar as melhorias necessárias.
Se a experiência do utilizador não é prioridade, algo de errado se passa
Porquê? Porque, quando nos focamos na dimensão humana enquanto visualizamos, desenhamos e desenvolvemos soluções tecnológicas e produtos digitais, concebemos os melhores conceitos e melhoramos a experiência dos utilizadores. Ao proporcionar-lhes uma experiência superior, estamos a investir em lealdade e relações duradouras.
As marcas têm muito a perder se não estiverem à altura das expectativas dos seus utilizadores. Um estudo (Qualtrics e ServiceNow) revela que 80% dos consumidores afirmaram já ter substituído marcas devido a apenas uma experiência negativa.
Aplicar os princípios do Design Thinking na estratégia do negócio, as empresas fomentam uma cultura de inovação, o empreendedorismo e na sua própria transformação digital. Vamos elevar as empresas à sua máxima potência?