Onde nos levará a AGI: Será o Q* o futuro da Inteligência Artificial?

Onde nos levará a AGI: Será o Q* o futuro da Inteligência Artificial?

Junho 27, 2024

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A Inteligência Artificial Geral (AGI) representa o próximo passo da inteligência artificial e há quem já esteja a fazer esforços nesse sentido, como é o caso da OpenAI.

Mas do que se trata exatamente o Projeto Q*, que se especula ser uma forma avançada de inteligência que pode ultrapassar as capacidades cognitivas humanas? E que implicações poderá ter para o futuro da IA e da sociedade?

 

Q*? AGI? Nunca ouvi falar.

Pronunciado Q-Star, o Q* é um projecto em curso da OpenAI, criadora do ChatGPT. Se até então não ouviste falar do Q*, fica a saber que se trata basicamente de um algoritmo de aprendizagem super-avançado que promete levar a inteligência artificial ao próximo nível.

O Projecto Q*, apesar de envolto em secretismo, tem-se destacado pela sua capacidade de resolver desafios matemáticos, um feito inédito no campo da inteligência artificial. Esta capacidade não só representa um avanço técnico, como também marca um passo estratégico no sentido de dotar a IA de capacidades de raciocínio semelhantes às humanas, podendo conduzir a avanços significativos na AGI (inteligência artificial geral).

 

Mas então… o que é que a AGI e o Q* conseguem fazer?

A AGI distingue-se da inteligência artificial que conhecemos actualmente pela sua capacidade de raciocínio. Plataformas como o ChatGPT e o Google Gemini (antigo Google Bard), por exemplo, são excelentes a reconhecer padrões e a compreender dados para responder às nossas perguntas, mas não são capazes de pensar por si próprias – recorrem sempre a dados já existentes para fornecerem uma resposta.

A AGI leva-o a um novo patamar. Se pedirmos ao ChatGPT que nos resolva uma questão matemática que nunca tenha sido feita, a resposta estará incorrecta, uma vez que não tem qualquer lógica subjacente. Por outro lado, a AGI é capaz de compreender a lógica matemática. Não se limita a memorizar respostas – compreende o problema na sua totalidade e trabalha nele passo-a-passo.

É por esta razão que o Q* está a levantar ondas na comunidade tecnológica. Ao contrário dos modelos utilizados até agora, o Q* é mais inteligente na procura de novas informações. De acordo com várias fontes, o novo modelo foi capaz de resolver problemas de matemática ao nível de alunos do ensino primário, o que significa que a tecnologia está mais próxima de ter capacidades de raciocínio iguais ou superiores à inteligência humana.

 

Os dois lados da moeda: devemos temê-lo ou louvá-lo?

As notícias sobre o Projecto Q* que surgiram no final de 2023 suscitaram diversas preocupações, especialmente com o destaque dado à destituição do CEO da OpenAI, Sam Altman (e a sua posterior readmissão), na mesma altura em que investigadores da empresa falavam de um grande avanço na IA que poderia “pôr em risco a humanidade”. Um mau começo, digamos.

No entanto, no que diz respeito ao secretismo por detrás do projeto, a OpenAI afirma que está a procurar manter os detalhes privados de forma a evitar utilizações indevidas. No fim de contas, a empresa só deverá partilhar detalhes sobre o projecto quando definirem todas as regras de segurança necessárias.

Ao ser capaz de resolver problemas matemáticos e aprender por si próprio, o Q* irá certamente abrir novos caminhos para a inovação. Ainda assim, esta evolução também suscita várias preocupações éticas: a forma como poderemos controlar a utilização destes sistemas e garantir a sua segurança são temas em cima da mesa.

 

Bem…

Embora ainda não saibamos ao certo o que o Q* será capaz de fazer (e se alguma vez verá a luz do dia), podemos ter a certeza de uma coisa: se o projecto for para a frente, revolucionará a forma como a IA pensa e resolve problemas.