Os Ecrãs de Computador Desaparecerão com a IA?

Os Ecrãs de Computador Desaparecerão com a IA?

Março 14, 2024

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O crescimento imparável da IA significa que os computadores estão agora mais aptos do que nunca para nos compreenderem e encontrarem o que desejámos. Com a inteligência artificial a fazer parte do nosso dia-a-dia e as grandes empresa tecnológicas a oferecerem novas formas de interagir com computadores, coloca-se uma questão: será que a IA vai tornar os ecrãs de computador tradicionais obsoletos?

 

Como a IA está a mudar as coisas

A ideia de eliminar os ecrãs de computador pode parecer radical à primeira vista, especialmente porque se tornaram uma parte essencial da nossa experiência digital. No entanto, várias tendências e tecnologias emergentes sugerem que o papel dos ecrãs tradicionais na nossa interação com os computadores pode, de facto, sofrer uma transformação significativa.

Um dos principais factores desta potencial mudança? O desenvolvimento de assistentes virtuais e interfaces conversacionais. Estas interfaces, alimentadas por algoritmos de IA, permitem que os utilizadores interajam com os computadores através de linguagem natural, gestos ou até mesmo pensamentos, sem necessidade de recorrer aos ecrãs tradicionais.

 

Assistentes de Voz: Só precisas de falar

Os assistentes controlados por voz, como a Alexa da Amazon, a Siri da Apple e o Google Assistant, já se tornaram omnipresentes em muitas casas, oferecendo um vislumbre de um futuro sem ecrãs.

Com os avanços contínuos no processamento da linguagem natural e Machine Learning, estes assistentes virtuais estão a tornar-se cada vez mais hábeis a compreender e a satisfazer os pedidos dos utilizadores sem necessidade de feedback visual – seja trocar de música, sugerir filmes, ou saber a meteorologia ou o estado do trânsito.

A RA e a RV estão a abrir novos mundos

Tecnologias baseadas em Inteligência Artificial, como a Realidade Aumentada (RA) e a Realidade Virtual (RV), estão a redefinir a forma como percebemos e interagimos com os conteúdos digitais. Enquanto a RA melhora o mundo físico ao sobrepor conteúdos digitais (imagens, vídeos ou modelos 3D) através de um smartphone ou de óculos de realidade aumentada, a RV cria um ambiente digital completamente imersivo que transporta os utilizadores para uma realidade simulada através de auscultadores especializados.

Apesar das suas diferenças, ambas as tecnologias têm o potencial de proporcionar experiências ricas e interactivas que ultrapassam os limites dos ecrãs tradicionais. Com aplicações que abrangem a área de entretenimento, educação, saúde e arquitectura, os utilizadores têm a possibilidade de explorar planetas distantes, participar em cenários de jogos imersivos ou submeter-se a simulações de formação virtual.

Ferramentas de comunicação: Menos ecrã-a-ecrã

No que toca à produtividade e à colaboração no local de trabalho, a IA está a transformar a forma como as equipas comunicam e colaboram. Plataformas como o Microsoft Teams e o Slack tiram partido da Inteligência Artificial para simplificar a comunicação, automatizar tarefas e facilitar a partilha de conhecimento, reduzindo a dependência de interfaces convencionais baseadas em ecrãs.

Mas vamos ainda mais longe e entrar numa nova dimensão com a tecnologia de Realidade Virtual (RV). A RV oferece ambientes imersivos onde os membros da equipa podem interagir, colaborar e comunicar como se estivessem fisicamente presentes, independentemente da sua localização real. Plataformas como o Spatial e o VRChat permitem que os utilizadores se reúnam em espaços virtuais, representados por avatares personalizáveis, onde podem participar em discussões, partilhar apresentações e colaborar em projectos em tempo real.

 

The Internet of Things: Um outro nível

A proliferação da Internet of Things (IoT) contribui ainda mais para a diminuição da dependência dos ecrãs tradicionais. Os dispositivos IoT, que vão desde smart speakers e termóstatos inteligentes a electrodomésticos conectados, permitem uma comunicação quase perfeita, reduzindo a dependência dos ecrãs para as tarefas diárias.

Os comandos de voz, os gestos e os mecanismos de feedback háptico permitem aos utilizadores controlar e monitorizar estes dispositivos sem qualquer esforço. Por exemplo, os smart home assistants respondem a comandos de voz para reproduzir música, ajustar a iluminação ou fornecer informações; enquanto os wearables compatíveis com a IoT, como fitness trackers e smartwatches, emitem notificações e alertas através de vibrações ou sinais auditivos, eliminando a necessidade de interagir com um ecrã.

 

O que podemos esperar para o futuro?

Apesar destes avanços promissores, a erradicação completa dos ecrãs de computador é improvável num futuro próximo. Os ecrãs continuam a desempenhar um papel vital em muitas áreas, como o design gráfico, a edição de vídeo e o gaming, em que o feedback visual é fundamental. Além disso, certas tarefas do dia-a-dia podem continuar a exigir a utilização de ecrãs tradicionais.

Paralelamente, a transição para um paradigma sem ecrãs coloca desafios e considerações significativos. As preocupações com a acessibilidade, as implicações de privacidade e as preferências dos utilizadores têm de ser cuidadosamente abordadas para garantir que as interfaces de IA satisfazem as diversas necessidades dos indivíduos num mundo em que o utilizador tem cada vez mais a palavra final.