No mercado de trabalho actual, cada vez mais competitivo, as hard skills têm um papel fundamental e são as características inatas e necessárias para a realização de um projecto. Estas são compostas pelos conhecimentos técnicos obtidos através de um curso superior, por exemplo, e podem ser comprovadas por meio de diplomas, avaliações ou testes.

Sem estas habilidades, nenhum projecto pode ser bem conseguido. No entanto, apesar da competência técnica ser fundamental, será a única  que compõe um bom profissional?

É inegável que um bom colaborador deve possuir uma panóplia de habilitações profissionais associadas às funções que desempenha na sua organização, mas é também uma realidade que, hoje, as empresas ambicionam recursos humanos mais completos.
E, para serem completos, é imperativo que os colaboradores consigam oferecer uma simbiose entre aquilo que são as hard skills e as características de natureza relacional. Este mindset está a elevar o paradigma do mercado de trabalho e a colocar as soft skills na lista de prioridades na hora de recrutar novos talentos.

E o que são, então, as soft skills e qual a sua importância para um negócio de sucesso?

As soft skills são os atributos comportamentais utilizados nos relacionamentos interpessoais:

-Comunicação- A comunicação é mais do que falar: é saber expor informação baseada num repertório cultural, formação educacional, vivências e emoções. É também ter a capacidade de saber ouvir;

-Capacidade de resolução de problemas- Esta permite que, perante uma adversidade, os profissionais não entram em pânico e são capazes de chegar a uma solução com relativa tranquilidade;

-Espírito de equipa- Para que uma equipa seja mais do que um mero grupo de pessoas, é fundamental que exista um objectivo comum, e que todas as pessoas nele envolvidas caminhem para o mesmo sítio, no sentido de atingir esse mesmo objectivo comum;

-Ética de trabalho- Ser ético é mais do que desenvolver bem o trabalho: é ter atitudes que não infrinjam as regras da empresa. É proceder conforme as normas, valores e missões, sem prejudicar o próximo.

Todas as pessoas possuem algum tipo de habilidade social, embora nem sempre saibam identificá-la. Para identificar e interpretá-las são necessárias uma análise atenta e uma percepção aguçada, pois estas não são, propriamente, quantificáveis e facilmente identificáveis a “olho nu”.

Estas características não técnicas são fundamentais para o bom funcionamento de um negócio. Apesar das hard skills serem imperativas para a execução de um bom trabalho, uma vez que um bom programador, por exemplo, tem de conhecer as linguagens de programação necessárias para as suas funções, são as soft skills que vão garantir o sucesso desse mesmo trabalho.

As empresas são feitas de pessoas, e é fulcral que estas se relacionem, em determinados níveis, umas com as outras dentro do ambiente da empresa e sejam capazes de tornar a sua comunicação produtiva e harmoniosa. Estes elementos são de elevada importância e têm um impacto bastante grande no resultado final de qualquer projecto, seja ele de que complexidade for.

Outro dos motivos pelos quais as soft skills têm tanto protagonismo no mundo corporativo atual, é pelo facto de poderem ser “transferíveis”. Ou seja, estas competências podem ser aprendidas através do convívio diário, com o potencial de tornar qualquer pessoa num funcionário altamente adaptável a situações diferentes ou stressantes, por exemplo, e com uma capacidade de comunicação optimizada.

Projetos realizados com equipas equilibradas, capacitadas tecnicamente, e com uma boa relação interpessoal serão, com toda a certeza, capazes de elevar o nível de excelência e ajudar as organizações a crescer.